A internacionalização não é novidade para a marca Carmen Steffens.
Este processo foi iniciado em 2002, mas não pára de acontecer. O próximo alvo
da rede de calçados, bolsas e acessórios é entrar no mercado asiático, em
cidades da China, Cingapura e Hong Kong.
Além disso, a rede quer expandir sua presença no Oriente Médio e
enfrentar as
centenas de marcas de luxo presentes em Abu Dhabi e Dubai, conta o
fundador da marca, Mario Spaniol, ao iG.
- Na Ásia, o grande mercado será a China. Estamos em fase de
planejamento para entrar no país, com um parceiro local, que conhece a cultura
e tem uma rede de relacionamentos. Isso deve acontecer daqui um ano e
meio", diz o executivo.
- Devemos seguir fazendo adaptações em 20% do mix [ de
produtos ], conforme o mercado local, mas mantendo, no restante, nosso padrão
de loja global.
Spaniol escolheu os dois destinos depois de analisar a receita de
marcas de luxo globais: cada vez mais esses mercados ganham relevância nas
vendas. Além, é claro, do crescimento do número de milionários e o tamanho da
sua classe média.
O empresário considera o movimento natural para uma rede que já
fincou o pé nos Estados Unidos, "o maior mercado do mundo", e na
França, "paraíso das marcas premium". "Depois disso, iremos
buscar países que estão vivendo um bom momento, e têm uma grande
população".
Já para disputar o mercado de Dubai e Abu Dhabi com marcas como
Jimmy Choo, Spaniol conta que as lojas precisarão ser maiores, e reunir apenas
produtos 'top de linha'. "Em 300 metros quadrados, venderemos sapatos de
R$ 399 a R$ 499 e bolsas de R$ 800 a R$ 1,5 mil, de couro e até banhadas a
ouro".
A marca já tem uma loja na Jordânia, e planeja abrir pelo menos
cinco na Arábia Saudita nos próximos anos. Na visão de Spaniol, a região tem um
grande potencial. "As mulheres árabes são muito consumistas". Por
outro lado, é necessário lidar com choques culturais. O empresário dá a receita
para evitá-los: paciência. "Para formatar o negócio, leva muito
tempo".
Loja em Dubai deve seguir formatação da loja localizada na Rua
Oscar Freire, em São Paulo. Hoje, as vendas de lojas no exterior já representam 15% do
faturamento total da rede. Em cinco anos, Spaniol acredita que podem
representar 30%.
- São 36 lojas, e devemos terminar o 2014 com 48 e, 2015, com
60. É praticamente uma nova loja por mês. No último ano, esse crescimento
dobrou", diz Spaniol.
Apesar da aproximação com a China, o empresário garante que não
tem planos de transferir a produção de calçados de Franca (SP) para o país
asiático. "Não vamos exportar mão de obra barata. Queremos manter o
diferencial da marca, que é a qualidade. Não produzimos produtos
massificados".
- Consolidação
Diante da consolidação da marca, a rede, assim como outras redes
de franquia, tem sido assediada por fundos de investimento, "É uma
conversa preliminar, mas não temos nenhuma resistência a vender uma fatia do
negócio. O controle? Nunca", enfatiza.
- Novo conceito de loja
Desta forma, o franqueado terá a possibilidade de montar mais uma
loja na região onde já atua. O ritmo de crescimento será similar às
tradicionais. O projeto deve sair do papel no final de 2014.
Hoje, são 260 unidades da marca no Brasil. Spaniol acredita que o
número possa chegar a 400 nos próximos anos. "Estamos abrindo cerca de 50
por ano. Há espaço tanto nas capitais quanto no interior".
Fonte. Ig
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