sexta-feira, 10 de maio de 2013

Texto - Fetiche por Salto alto.



Laura Muller explica a tara. E o designer Fernando Pires conta sobre um cliente misterioso que se excita ao fazer encomendas para suas namoradas.

Cinderela, a dos contos de fada, fisgou seu príncipe pelo salto transparente. Carrie Bradshaw, personagem de Sarah Jessica Parker em “Sex and The City”, escolhia a dedo um bom par de Manolo Blahnik para arrasar num encontro. Já nas revistas masculinas, as beldades tiram
tudo, menos os sapatos. E não é à toa. "O salto mexe com a imaginação erótica, tanto do homem, quanto da mulher", garante a sexóloga Laura Muller.

Um bom sapato de salto melhora a postura, empina os seios e o bumbum. Mas além da estética favorecida, o fascínio por sapatos se dá no campo do fetiche. Em cima do salto, as mulheres se transformam: “Elas têm o falo, o poder. É lógico que quanto mais alto, mais poderoso. No banheiro, elas chegam a comparar o tamanho dos saltos, elas disputam quem tem o maior”, diz o designer Fernando Pires, famoso por seus sapatos sensuais que já foram usados até por Madonna.

Fernando conta que, em geral, são as mulheres que compram os seus próprios sapatos para seduzir. Porém, vira e mexe, o designer recebe a ligação de um cliente misterioso querendo algo especial: “Eu nunca vi a cara dele. Mas só de descrever o sapato, era possível perceber que ele estava ficando excitado do outro lado da linha”. Entre uma história e outra, Pires deixa escapar que uma cliente amiga e famosa confidenciou que usou um de seus saltos para penetrar o namorado – também famoso – por trás.

Loucura demais para você ? Segundo Laura Muller, se a prática é prazerosa e não destrutiva para os dois, então tudo bem. Não é transtorno, doença ou coisas do tipo. Na verdade, o fetiche pode apresentar diversas nuances. Alguns só querem olhar a bela mulher nua usando sapatos poderosos, outros têm fantasias masoquistas, e por aí vai.

  • Características do sapato fetiche

O modelo Peep Toe é um dos mais desejados. Laura diz que a abertura frontal remete à fenda de um vestido. Fernando pontua que, nos anos 40, quando surgiu o modelo, mostrar só o dedão era extremamente erótico, pois, até então, tudo era coberto.

Botas e sapatos com zíper também são adorados. Pense nas botas de Julia Roberts em “Uma Linda Mulher”: “Com uma bota de superzíper atrás, ela pode fazer um jogo erótico de cobrir e revelar, estimular a imaginação erótica na hora de tirar”, ensina Laura.

A cor também é importante. “Verniz preto é extremamente fetichista”, decreta Pires, ressaltando que o vermelho pode ser extremamente erótico.

E, para fechar, os materiais. Couros exóticos, como pele de cobra, fake ou natural, fazem-nos lembrar de nossa natureza mais instintual: “É uma coisa do nosso lado mais animal. O bicho pode mexer com esse aspecto da nossa sexualidade e a gente se sentir com seu poder. Que é meio por aí, poderosa como uma serpente, um leopardo”, finaliza Muller.

Fonte. Delas

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